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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

MORRE ITALO ROSSE


Na noite desta terça-feira (2), uma manchete no portal Globo.com dizia: “Morre Ítalo Rossi, aos 80 anos”. Ítalo Rossi? Ah, sim! O seu Ladir! É pelo nome do simpático personagem do humorístico Toma lá , dá cá, exibido pelo TV Globo de 2007 a 2009, que o ator ficou conhecido pela nova geração. Ele entrou com o programa em andamento, atendendo ao pedido dos autores Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa. Com seu talento, Ítalo, em pouco tempo, tomou conta do programa. Seu bordão: “Isso é mara!” (abreviação de maravilhoso), caiu na boca do povo. Antes mesmo da última temporada do programa, Ítalo pediu para sair. Achou que não estava tendo tempo suficiente para se dedicar ao teatro, a sua grande paixão.

E foi justamente no teatro que o ator e diretor exerceu com afinco a sua profissão. Em 60 anos de carreira, participou de cerca de 400 montagens. Ítalo Balbo Di Fratti Coppola Rossi nasceu em Botucatu, interior paulista, no dia 19 de janeiro de 1931. Iniciou a carreira no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Já no primeiro espetáculo, sob a direção de Maurice Vaneau, em A Casa de Chá do Luar de Agosto (1956), recebeu o prêmio revelação de ator da Associação Brasileira de Críticos Teatrais (ABCT).

Em 1959 fundou, ao lado dos atores Fernanda Montenegro, Sergio Britto e Fernando Torres, o Teatro dos Sete, em que atuou com exclusividade durante seis anos, até o encerramento da companhia. Entre os anos 60 e 70, trabalhou em montagens comoAmantes e A Coleção, ambas de Harold Pinter, O Sr. Puntila e Seu Criado Matti, de Bertolt Brecht, Dorotéia Vai à Guerra, de Carlos Alberto Ratton e O Santo Inquérito, de Dias Gomes.

Nos anos 1980, o reconhecimento veio por meio de três prêmios Molière, o mais importante das artes cênicas no Brasil. As peças eram Quatro Vezes Beckett, 1985, uma encenação de Gerald Thomas, Encontro de Descartes e Pascal, de Jean-Claude Brisville e Encontro com Fernando Pessoa, de Walmor Chagas.

Na TV, ele começou em 1963, na extinta TV Rio. Na Globo, participou das novelas e minisséries, com destaques para Escrava Isaura (1976), Que rei sou eu? (1989),Senhora do destino (2004) e Belíssima (2006).

Rossi também teve importantes trabalhos no cinema. Foram cerca de 20 longas-metragens, incluindo Uma vida para dois (1953), O pão que o diabo amassou (1957),A derrota (1967), Cara a cara (1967), Doida Demais (1989) e o recente Sexo com amor? (2008).

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