Não sou puritano e todo mundo sabe disso, mas isso que vem acontecendo no BBB da Globo é de lascar. Até estupro consentido aconteceu. E aconteceu de forma aberta, ao vivo e a cores. Não fosse o edredon, a população brasileira de todas as idades teria visto o sexo explicito dentro de sua casa. Um rapaz e uma moça, embriagados, sumiram entre os lençóis, e entre gemidos e suspiros, consumaram o ato sexual. Depois a polícia, para se exibir, apareceu anunciando investigação de estupro. Um estupro consentido pelos gemidos da moça e pelo vai e vem do rapaz.
Fizemos enquete radiofônica perguntando se assistir o BBB aumenta o tesão caseiro. O placar foi meio a meio. E o mais incrível: a maioria dos votos a favor foi das mulheres. Elas disseram que depois das cenas de sexo seus maridos ficaram mais acesos e suas partes pudendas mais carentes. Não fosse uma evangélica que surgiu anunciando o fim do mundo, os votos pelo aumento de tesão teriam suplantado os dos moralistas que acham tudo aquilo uma safadeza.
Repito: não sou puritano. Mas não acho justo a Globo obrigar minha neta de nove anos a ver um bando de bêbados e bêbadas se esbaldando nus numa piscina, além daqueles outros que se trancam nos quartos para molhar a perereca.
Digo sem medo de cometer injustiça: o BBB deste ano está sendo o pior da história dos BBBs. As moças e os rapazes parecem devidamente orientados a transformar aquela vistosa casa num cabaré de luxo. Chegam com o propósito de esculhambar. Tudo em nome de uma audiência que, ano a ano, abandona a TV Globo. A quase ex-campeã de audiência está morrendo e não sabe. Apela, então, para os absurdos. Bota viado pra casar com viado, sapatão para esmagar o bombril da namorada, e, não satisfeita, cria um programa ao vivo para acabar de vez com o respeito entre as famílias.
O estranho em tudo isso é o silêncio cúmplice do vigilante Ministério Público.
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