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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Nordeste: Consumo de crack provoca epidemia de homicídios na região



http://oglobo.globo.com/fotos/2011/07/27/27_MHB_CRACK_RIO.jpg

Especialistas alertam que país não tem politica de atendimento ao usuário.


O consumo de crack está provocando uma epidemia de homicídios em todo o país, principalmente na região Nordeste, envolvendo jovens de 15 a 24 anos. A constatação é de um levantamento realizado pelo professor da PUC de Minas, Luiz Flávio Sapori, um dos principais estudiosos do tema no Brasil, e divulgado nesta quinta-feira (28) pelo jornal O Globo.

- A fatia mais considerável da violência nas principais cidades brasileiras está relacionada à introdução do crack. Em especial no Nordeste, onde estão as capitais que tiveram o maior aumento de homicídios - afirma o pesquisador, que classifica o crack como a droga mais danosa da sociedade atual e critica a falta de medidas concretas de atenção ao problema por parte do governo federal.

- O Brasil simplesmente não tem uma política de atendimento ao usuário do crack. O SUS não está preparado tecnicamente para atender à especificidade do dependente de uma droga diferente de todas as outras existentes por aqui - diz o especialista.

Especialista defende internação forçada

Entre as medidas urgentes que ele defende estão a produção de conhecimento sobre o assunto e a quebra de tabus, entre eles a resistência à internação forçada - o que começou a ocorrer no Rio -, fundamental em vários casos, na opinião dele:

- As pessoas têm de saber que é uma droga muito sedutora e prazerosa, mas capaz de criar uma dependência química sem relação com outras drogas. O usuário não pode cair na visão ingênua de que vai conseguir fazer uso controlado do crack, pois a chance disso acontecer é quase nula.

Para especialistas, a timidez do apoio do Estado à política de atendimento aos usuários tem de acabar, e o desafio é encontrar um modelo de apoio. Por lei, o SUS não pode financiar a atividade que não do próprio governo, o que obriga o Ministério da Saúde a buscar maneira eficiente de financiamento.




F - O Globo.

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