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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Prefeitura de Cantanhede joga medicamentos no lixo. Hospital do município continua fechado



“Se a culpa é minha eu ponho em quem eu quiser”. Certo? O prefeito de Cantanhede, Kabão, é um daqueles que aprova esse tipo de procedimento. Isso explica por que frequentemente ele atribui o fracasso da sua administração a terceiros.

Transcorrido mais da metade do mandato sem fazer sequer uma obra relevante intensificou as tentativas de encontrar explicações para o fiasco que tem sido sua gestão.

A metralhadora giratória do Kabão não poupa ninguém, até a Governadora Roseana Sarney já foi atingida pelos petardos verbais que ele costuma disparar na desesperada tentativa de explicar o inexplicável.

Em entrevista veiculada na retransmissora de TV local, há cerca de quarenta dias, Kabão isentou-se da responsabilidade pelo não funcionamento do Hospital Municipal Santa Filomena, fechado há quase dois anos para reforma que não deveria ultrapassar 90 dias. Atribuiu a culpa à governadora Roseana.

Na ocasião o prefeito assumiu o compromisso de reabrir a unidade hospitalar em 40 dias. Mais uma vez frustrou a expectativa da população. O Hospital continua fechado.

População indignada
A revolta contra Kabão cresce a cada dia. No inicio deste mês (sexta-feira, 05.08), a população de Cantanhede realizou um grande ato público para protestar contra a incompetência do prefeito.

Como se não bastasse o fato do Hospital Santa Filomena estar fechado há quase dois anos, um flagrante caso de desperdício ocorreu recentemente: remédios, que deveriam ter sido distribuídos para a população, foram jogados no lixo. Um caso clássico de improbidade administrativa, motivo suficiente para perda do mandado.

A precariedade do atendimento no setor da saúde em Cantanhede é reconhecida até pela própria administração municipal.

Uma enquete disponibilizada no site da prefeitura revela que a deficiência dos serviços públicos de saúde, naquele município, esta no topo da lista com 45% dos votos (computados até quarta-feira 17.08).

Obra interminável
Não e de hoje que a população cobra resultados da administração e melhorias na área da saúde. Em outubro do ano passado, num ato publico realizado naquela cidade, o Deputado Estadual Cesar Pires afirmou que os recursos já haviam sido liberados e repassados para a prefeitura. Pires desafiou o prefeito a provar o contrario. A tentativa de esclarecimento veio com atraso e carregada de inverdades.

O prefeito divulgou com estardalhaço que explicaria tudo numa entrevista no Jornal do Maranhão da TV Mirante. Delírio. O festival de embustes foi gravado e gerado na própria cidade. Kabão foi entrevistado por uma funcionaria da prefeitura e só apresentou a entrevista porque cortou o sinal da Rede Globo.

Kabão omitiu informações preciosas e exagerou nas pretensões. A reforma do Hospital Santa Filomena é resultado de um convenio firmado entre o Governo do Estado e a Prefeitura do município. Os recursos, no valor de um milhão e trezentos mil reais, foram repassados há mais de um ano.

Kabão disse que teve uma audiência com a governadora na qual teria conversado sobre a precariedade do atendimento na saúde pública do município. Esta afirmação é fruto de uma alucinação. O último encontro do prefeito de Cantanhede com a governadora ocorreu durante a campanha, em outubro de 2010. A entrevista caluniosa do prefeito Kabão está no Youtube http://www.youtube.com/watch?v=fzRE2Kr0GFI

Kabão deveria ter explicado por qual motivo os medicamentos foram parar no lixo enquanto a população reclama da falta de remédios e do péssimo atendimento no setor da saúde. Poderia esclarecer por que nunca cumpriu nenhum dos compromissos assumidos na campanha: as pontes estão quebradas, as estradas vicinais mal conservadas, falta merenda escolar para as crianças e o Hospital fechado há quase dois anos.

Deveria ter explicado por que não cumpriu outras promessas de campanha entre as quais: a Casa da Cultura; Escola de Música; Cinema nas Escolas; Festival de Música de Cantanhede; projetos Escolinha de Balé; Arte no Quilombola; Baú Cultural, e tantos outros compromissos.

Do blog Fora Kabão

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