Se comparados às obras de infraestrutura das cidades, os trabalhos de construção e reforma de estádios são o ponto mais próximo do cronograma na preparação brasileira para a Copa de 2014. Mas há motivos de preocupação.
Em São Paulo, a construção do estádio do Corinthians só começou recentemente. Agora, o novo alerta vem do Rio, que passou a trabalhar no limite por causa da greve dos operários do Maracanã, que já dura 15 dias. A consequência pode ser o aumento do custo. [Ontem], operários do Mineirão entraram em greve mas logo encerraram o movimento.
Os estádios particulares que não terão recursos do BNDES viraram o novo problema. Em Curitiba, as obras na Arena da Baixada não começaram. Em Porto Alegre, estão paradas.
Palco da final, o Maracanã precisa estar pronto em dezembro de 2012 para entrar na Copa das Confederações de 2013. O custo do projeto, aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), ficou em quase R$ 860 milhões. Mas caso a greve, cuja legalidade será votada hoje, não termine até a próxima semana, a situação poderá se complicar.
- Cada etapa do projeto tem uma folga. A nossa está diminuindo. Ainda conseguimos manter prazo e custo. Já vamos elevar o número de operários a 3.500 (eram 2.200) e usar métodos como a concretagem em pré-moldado, que dá velocidade – disse Ícaro Moreno, presidente da Empresa de Obras Públicas (Emop).
- Se a greve passar da outra semana, aí fica mais grave. Teremos que usar outras tecnologias para manter o prazo, o que pode elevar o custo.
O movimento será julgado nesta sexta-feira, às 14h, no Tribunal Regional do Trabalho. Ícaro diz que o grande problema de prazo é a Copa das Confederações:
- Para a Copa do Mundo, podemos até ficar descansados. Mas nosso compromisso é a Copa das Confederações. Para isto, não podemos dormir. Estamos no limite.
Três cidades já estão fora da Copa das Confederações porque não entregarão estádios: Manaus, São Paulo e Natal.
O Globo
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