Por MÁRCIO MORAIS
“Presos fabricavam cachaça na cadeia de Caraubas “
CARAÚBAS - Um alambique artesanal de cachaça funcionava dentro de uma cela da ala 01 da Cadeia Pública de Caraubas no Médio Oeste. A descoberta foi feita na manha dessa sexta-feira, durante uma inspeção realizada pelos Agentes Penitenciários e Policiais Militares lotados naquele estabelecimento prisional.
Segundo o agente penitenciário, Andre França, a matéria-prima para a obtenção da cachaça era casca de frutas e o arroz, o alambique funcionava com dois garrafões de 20 litros cada, duas mangueiras, dois mergulhões (aparelho usado para aquecer água) e outros utensílios.
O processo era aparentemente simples, porém engenhoso. Os dois baldes com água e casca de frutas era aquecido e, através de uma mangueira colocada nos baldes, era colhido o vapor que entrava em uma garrafa pet resfriada e, através da condensação, era obtida a cachaça.
Além do apetrecho para a fabricação da bebida, foram encontrados pequenas porções de maconha, crack e carregadores de celular e 250 ml da cachaça pronta para o consumo. Como os dois garrafões de 20 litros estavam em processo de fermentação com bastantes cascas de frutas, fermento e dois mergulhões para aquecer a água e assim contribuir para o processo de destilação que logo seria transformada na cachaça. “Essa bebida seria comercializada dentro da cadeia durante a visita dos familiares no final de semana”, comentou um dos agentes.
O diretor da Cadeia de Caraubas, coronel Eliause Moreira Junior, vai apurar para saber de quem era a mini fabrica de cachaça artesanal e tomar as medidas necessários para disciplinar os responsáveis através do Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
Ainda de acordo com André Fraca, a descoberta da fábrica artesanal de cachaça dentro da Cadeia de Caraubas foi uma ação exclusiva dos agentes e policiais da unidade que mesmo com numero de agentes reduzido vem realizando excelente trabalho no estabelecimento.
Atualmente a Cadeia de Caraubas abriga 150 presos que cumprem suas penas de forma provisória. Logo que são condenados, os apenados são transferidos para as Penitenciarias de Pau dos Ferros, Mario Negocio em Mossoró ou Alcaçuz em Nísia Floresta para cumprirem suas penas de forma definitiva.
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