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domingo, 12 de fevereiro de 2012

Gambá, o rei do passinho, foi surrado até a morte antes de levar tiro na testa


A Divisão de Homicídios (DH) vai ouvir funcionários de um posto de combustível localizado em Bonsucesso, Zona Norte do Rio, que supostamente estariam envolvidos na morte do dançarino Gualter Damasceno Rocha, o Gambá, 22 anos, considerado o Rei do Passinho. A DH solicitou urgência ao Instituto Médico Legal (IML) na liberação de exames toxicológicos, para saber se havia resquícios de drogas no sangue da vítima.

As investigações da DH se baseiam em denúncias de que Gualter - enterrado como indigente na sexta-feira, no Cemitério de Santa Cruz, na Zona Oeste - teria se envolvido numa confusão na loja de conveniência do posto, que fica próximo à Rua Pesqueira, onde seu corpo foi encontrado, na manhã do dia 1º. Testemunhas teriam visto Gualter pela última vez no início daquela manhã, quando, durante um desentendimento, o dançarino teria chegado a apertar o braço de uma funcionária da loja - já identificada pela polícia. Os investigadores solicitaram imagens de câmeras de vigilância do posto e de outros quatro locais da Rua Pesqueira. Seguranças que prestariam serviço ao posto também serão ouvidos.

Reconhecido pelo irmão, Johne Pitter Rocha, 25, Gualter, que apresentava hematomas na cabeça e escoriações no rosto, no peito e na região lombar, também fazia biscates como gesseiro e ficou famoso depois de dançar em programas de TV. "Ainda estamos estudando que tipos de ações judiciais vamos ajuizar e contra quem", afirmou Johne, criticando o fato de o corpo ter sido enterrado como indigente cinco dias após ser encontrado.

Ontem, o Disque-Denúncia (2253-1177) divulgou um cartaz convocando a população a denunciar os assassinos do Rei do Passinho.

Corpo será transferido
A família de Gualter quer transferir o corpo do dançarino de Santa Cruz para outro cemitério - provavelmente para o da Cacuia, na Ilha do Governador, onde parte dos parentes mora. Os pais do jovem, Edite Damasceno, 49, e José Maria Rocha, 47, que moram em Juiz de Fora (MG), chegaram ontem ao Rio. "Não há nada que justifique o que fizeram com meu filho. Ele era da paz, não sabia brigar, só dançar", lamentou Edite, que visitou a cova rasa onde o filho foi enterrado.


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