Um grande incêndio se espalhou por uma prisão superlotada em Honduras e matou mais de 350 detentos, incluindo em suas celas, disseram autoridades nesta quarta-feira. O gabinete do procurador-geral disse que 357 pessoas morreram no fogo que começou na noite de terça-feira na prisão de Comayagua, cerca de 75 quilômetros ao norte da capital, Tegucigalpa. Notícias de rádio diziam que os mortos e desaparecidos totalizavam 402 pessoas – quase metade da população carcerária local. A chefe dos serviços forenses em Comayagua, Lucy Marder, disse que a polícia divulgou que um dos mortos era uma mulher que passava ali a noite e que o restante era de prisioneiros, mas ela afirmou que alguns dos 357 supostos mortos poderiam ter escapado. A mídia local divulgou que o chefe do departamento de bombeiros de Comayagua também morreu no incêndio. Esse é um dos piores incêndios em prisões na América Latina, e relatos da rádio local diziam que muitos dos detentos morreram queimados dentro das celas. Honduras tem o maior índice de homicídios do mundo, segundo as Nações Unidas, e há tumultos frequentes e confrontos ente membros de gangues de rua rivais nas prisões superlotadas. As gangues, conhecidas como ‘maras’, começaram nos Estados Unidos e então se espalharam pela América Central, com seus integrantes cobertos de tatuagens e envolvidos no tráfico de drogas, assaltos e esquemas de proteção. Soldados, policiais e familiares ansiosos cercaram a prisão de Comayagua na manhã desta quarta-feira e imagens de televisão mostravam parentes chorando pressionados contra uma cerca enquanto esperavam notícias. Alguns parentes começaram a atirar pedras contra os policiais e tentaram forçar seu caminho até a prisão. A polícia respondeu atirando para cima e lançando gás lacrimogêneo contra os manifestantes, na maioria, mulheres.
Fonte: Reuters/Blog de Alvinho Patriota/Blog Diniz K-9
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