O trecho do diálogo entre a personagem ‘Dora’ e seu marido (o padeiro), no Auto da Compadecida, revela a fragilidade da segurança pública brasileira, nos tempos do antigo Cangaço.
Dizemos ‘antigo’ porque hoje vivenciamos o mesmo fenômeno, embora com as diferenças que a modernidade exige.
Nesse domingo (24), a cidade de Traipu, em Alagoas, viu cerca de 15 bandidos armados invadirem suas ruas para assaltar uma agência do Banco do Brasil, a grande ‘botija’ da atualidade.
Mas antes, passaram no grupamento de policiamento militar, renderam os policiais os deixaram ali trancados. Desarmados. Amedrontados.
Enquanto a PM ficou presa, os bandidos seguiram para a agência bancária e arrombaram o caixa eletrônico, levando o dinheiro que ali havia.
A imprensa local informou ainda que os criminosos tentaram estourar o cofre central da agência, mas não conseguiram. Fugiram em seguida.
Paramos no tempo
Ver policiais correrem de Lampião e sua trupe nas cenas do filme citado é absolutamente compreensível, se considerarmos o contexto histórico da obra.
Mas não dá para aceitar algo parecido nos dias de hoje. Diante do abandono da segurança por parte dos governos que se sucedem, muitas vezes os policiais são obrigados a correr do novo cangaço nas ações criminosas de assalto a banco. Ou alguém acha que dois policiais devem enfrentar 10 ou 15 bandidos?
Quando não dá tempo imitar a cena do filma, é melhor obedecer às ordens emanadas pelas quadrilhas. A última opção é morrer mesmo.
Fonte: Acopiara.com
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