A instalação de uma fábrica de cimento na cidade de Alhandra, cidade do Litoral Sul paraibano localizada a 48km de João Pessoa, deve gerar cerca de 1.600 empregos formais e aquecer a economia da região. A Elizabeth Cimentos tem o objetivo de gerar 800 empregos na construção civil apenas durante os dois anos previstos para a construção da fábrica. Para o mesmo período, na montagem mecânica e elétrica, a intenção é empregar uma média de 400 pessoas, podendo chegar a 1.200 no último ano de obras.
Depois da inauguração da unidade, prevista para o começo de 2014, a estimativa é que a fábrica tenha 400 funcionários diretos e 1.200 indiretos. As informações são do coordenador de projetos da Elizabeth, Degmar Diniz. Segundo ele, como o grupo é paraibano, será priorizada a mão-de-obra local, principalmente das cidades de Alhandra, onde fica localizada a fábrica, e Pitimbu, onde está a jazida.
“Vamos trabalhar na capacitação da mão-de-obra do povo da região e já estamos firmando parcerias com o Senai-PB [Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial na Paraíba] e o IFPB [Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba]”, garantiu o coordenador. A previsão do grupo é que a folha de pagamento mensal seja de R$ 1 milhão.
O grupo está aguardando a licença da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), que deve sair até abril, para iniciar as obras. Porém, no local já trabalham 57 funcionários preparando o terreno para receber a estrutura da fábrica, todos moradores da região.
Emprego foi a primeira oportunidade para Geilton

Assim como a maioria da população da região, a família de Geilton trabalha com agricultura e também está se beneficiando com o Mercado Agrícola instalado pelo Grupo Elizabeth na cidade. “O mercado vai dar mais valor ao nosso produto porque vamos poder vender sem intermediários”, disse o trabalhador, cuja propriedade da família cultiva produtos como inhame, batata, macaxeira e feijão.
Duda nunca teve carteira assinada antes

Para melhorar os serviços da cidade em que a fábrica será instalada, o Grupo Elizabeth vai levar um posto policial e um de saúde para Alhandra, além de reformar e ampliar a escola da região e asfaltar a estrada que liga a unidade fabril à PB-034, um trecho de cerca de 10km segundo o coordenador de projetos Degmar Diniz. O investimento total no projeto está estimado em 300 milhões e a fábrica terá a capacidade de produzir 1 milhão de toneladas de cimento por ano.
Para Degmar Diniz, poluição no aspecto visual será
praticamente zero (Foto: Krystine Carneiro/G1)Sustentabilidade

Degmar, que além de coordenador de projetos da Elizabeth também é engenheiro químico, explicou que o filtro de mangas é um exaustor em que o ar atravessa uma espécie de saco de malha com microporos. “As malhas, chamadas de mangas, são extremamente finas e as partículas ficam presas a elas. Tudo que ficar retido volta para a produção”, descreveu.
Não queremos deixar nenhum passivo ambiental para a população e nem para a prefeitura"Degmar Diniz,
coordenador de projetosTodo o lixo produzido pela fábrica ainda deve ser reciclado e o que não puder passar pela reciclagem será coprocessado. O grupo também prentende recuperar a área e fazer um replantio de espécies de Mata Atlântica no local. “Aquela área já foi toda antropizada, a ação humana já destruiu tudo. Não queremos deixar nenhum passivo ambiental para a população e nem para a prefeitura”, disse Degmar Diniz.
Técnicos da empresa fizeram uma pesquisa de dois anos para analisar o desempenho de equipamentos de várias marcas de diferentes países para reunir as máquinas que tivessem melhor rendimento com o mínimo de lesão ao meio ambiente. Foram adquiridos equipamentos da Itália, Alemanha, Índia, Tailândia e China que já estão a caminho do Brasil.
Com essas máquinas, Degmar explicou que será possível reduzir o consumo de energia elétrica e térmica na produção do cimento. Segundo ele, o normal é que se trabalhe usando de 115 a 125 quilowatt-hora (kWh) por tonelada de cimento. A Cimentos Elizabeth pretende reduzir isso e trabalhar abaixo de 90kWh. Em relação à energia térmica, é comum que as fábricas consumam de 815 a 830 quilocalorias (kcal) por quilo de clinquer, a matéria-prima do cimento. A intenção do grupo é trabalhar com, no máximo, 750kcal.
G1PB.
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