Serpente foi capturada pelo Corpo de Bombeiros em Várzea Grande.
Especialista diz que aparição pode ser um alerta à devastação da natureza.
Asucuri de 6 metros de comprimento e com cerca de 160 quilos encontrada na última quarta-feira (16) em um bairro residencial no município de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, foi devolvida à natureza por uma equipe da Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso. Segundo o sargento do Corpo de Bombeiros Antônio Ventura Moraes Silva, que realizou junto à equipe a captura do animal, a cobra foi solta em seu habitat natural, no bioma do Pantanal mato-grossense.
“Provavelmente a sucuri não resistiria se fosse colocada em cativeiro, por isso optamos que ela voltasse ao seu local de destino”, afirmou o sargento ao G1.
Para o professor do departamento de Biologia e Zoologia da Universidade Federal de Mato Grosso, Marcos André de Carvalho, é comum o aparecimento desta espécie de sucuri em áreas urbanas, principalmente quando esta região fica próxima a matas ciliares de córregos ou rios.
Segundo ele, estas espécies estão habituadas a regiões de rios perenes e o melhor destino para ela seria o Pantanal, devido à superpopulação dos zoológicos, que não ofereceriam o espaço adequado e as condições suficientes para sua adaptação.
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“À medida que este animal cresce, ele sai de seu habitat em busca de pequenos vertebrados. É preciso verificar quais fatores estão contribuindo para que o aparecimento destas espécies tem se tornado constantes. Esta situação pode se configurar como uma alerta pela invasão do homem no ambiente natural desses animais”, ressaltou o professor.
O animal foi capturado pela equipe do Comando Regional 2 do Corpo de Bombeiros no bairro Jardim Paula II, em Várzea Grande, enquanto se alimentava de um cachorro. O bairro está localizado a 20 metros de uma área de pântano.
Apesar do susto causado pela visita inesperada da cobra, o professor ressalta que a sucuri não é venenosa e se alimenta de pequenos animais. Por ser uma espécie de serpente aquática, é comum o seu aparecimento em regiões próximas a bacias hidrográficas desde a amazônia até o sudeste do país. “Ela só oferece perigo quando se sente ameaçada ou está em busca de alimentos”, pontou.
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