Talita teve celular furtado em uma festa
(Foto: Priscila Matos/Arquivo Pessoal) A Polícia Civil de Campo Grande informou, por meio da assessoria, que a atitude da acadêmica de Direito, Talita Andrade, foi 'extremamente perigosa'. Na madrugada de domingo (2), a jovem teve o celular furtado em uma festa e recuperou o aparelho, com auxílio de amigos policiais, depois que ligou para o próprio telefone e negociou com o suspeito o 'resgate'.
As polícias Civil e Militar informaram que existem prioridades no atendimento de ocorrências e, por isso, o caso da acadêmica pode não ter recebido a atenção que ela esperava.
Talita disse ao G1 que procurou ajuda das polícias Militar e Civil, mas não obteve retorno. Por meio do aplicativo com GPS instalado no celular, localizou o aparelho, entrou em contato com o homem que estava com o celular e negociou o 'resgate'. A acadêmica marcou encontro com ele e foi até o local como os amigos, policiais militares. O suspeito foi detido e negou o furto, dizendo que havia encontrado o telefone.
O delegado Sidnei Alberto, da assessoria da Polícia Civil, disse que há meios legais para o registro da ocorrência. “Ela decidiu resolver o caso sozinha por que não queria esperar. Achou que o seu problema tinha mais prioridade que os outros que estavam sendo atendidos na mesma hora”.
Segundo o delegado, entre as 8 horas até 20 horas de domingo, a polícia tinha recebido registro de 12 furtos, três roubos, quatro ameças, cinco lesões corporais, duas averiguação de pertubações do sossego, cinco vias de fatos, um desacato, quatro extravios, duas injúrias, um golpe de estelionato, um desaparecimento de pessoa, um uso de moeda falsa, uma de dirigir veículo embriagado, uma morte a esclarecer e uma de dirigir veículo sem habilitação.
Sobre a acadêmica ter passado por três delegacias até que tivesse o caso registrado, o assessor da polícia explica que nos finais de semana, feriados e no período noturno a Polícia Civil concentra o atendimento nas duas Delegacias de Pronto Atendimento Comunitário (Depacs) do Centro e da Piratininga. O caso de furto poderia ter sido registrado na Delegacia Virtual.
Polícia Militar
A prioridade no atendimento também foi citada pelo diretor da Polícia Militar no Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), coronel Valdecir Terra. “Quando ocorre um furto em que não tem como prender o autor em flagrante, nós orientamos a pessoa a registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil. Às vezes não há viaturas disponíveis, pois elas estão atendendo casos de maior prioridade.”, disse Terra.
Segundo Terra, a primeira ligação feita pela estudante para a Polícia Militar foi às 9h34 em nome de uma familiar. Após ser feita a orientação, o Ciops recebeu mais uma ligação às 12h02 e orientou novamente que a jovem procurasse a Polícia Civil para investigar o caso. A assessoria da PM informou que a atitude do policial em ajudar a jovem não é considerada irregular.
O policial apontado pela acadêmica como amigo da família e que teria auxiliado na recuperação do celular não atendeu as ligações do G1.