Manifestantes colocaram fogo em anexo do ministério da Defesa italiano.
De Madri a Nova York, 82 países já aderiram ao protesto dos 'indignados'.
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Ao menos setenta pessoas ficaram feridas, quando a polícia de choque reprimiu os protestos deste sábado (15), em Roma, durante a "marcha dos indignados", informou a agência italiana Ansa. Entre os feridos, três estão em estado grave. Outras 12 pessoas foram detidas pela polícia.
Segundo a agência, 25 pessoas foram socorridas em hospitais de campanha montados pelos serviços de emergência em torno da basílica de São João de Latrão, e outras 45 receberam atendimento na emergência em outros hospitais da capital italiana.
Neste sábado, alguns dos manifestantes puseram fogo em um anexo do ministério da Defesa, no centro de Roma. Grupos de indivíduos não identificados destruíram vitrines de bancos e incendiaram dois carros após o início do protesto inicialmente pacífico dos "indignados".
Os incidentes ocorreram perto do Coliseu, onde dezenas de milhares de pessoas protestavam durante dia mundial de manifestações contra a precariedade e o poder das finanças, em um contexto de crise.
Pouco depois do início da manifestação, pequenos grupos quebraram as vitrines de dois bancos, utilizando placas de trânsito, antes de fugir e se misturar à multidão. Outros grupos incendiaram dois automóveis.
As forças de ordem reprimiram centenas de pessoas que, mascaradas, lançaram granadas de fumaça, coquetéis molotov e garrafas contra os policiais, enquanto outras colocaram fogo em um anexo do ministério da Defesa e prosseguiam incendiando automóveis.
Dezenas de manifestantes deixaram a praça com os braços para cima, para não serem confundidos com os vândalos. Uma jovem foi vista com o rosto sangrando.
A polícia informou ter detido 12 pessoas e confiscou coquetéis molotov, barras de metal e pedaços de madeira.
"É incrível", disse Roberto, de 50 anos. Segundo ele, a polícia transformou a manifestação "em distúrbios". Poderíamos ter protestado pacificamente", assegurou.
Perto da praça, onde o trânsito não foi interrompido, alguns carros de luxo foram recebidos com pedradas. Outros ziguezagueavam entre latas de lixo queimadas.
Protestos no mundo
Estimulados pelo movimento 'Ocupe Wall Street', os protestos começaram na Nova Zelândia, passaram pela Europa e espera-se que voltem a Nova York, seu ponto inicial. Manifestações atingiram a maior parte das capitais europeias e outras cidades.
Estimulados pelo movimento 'Ocupe Wall Street', os protestos começaram na Nova Zelândia, passaram pela Europa e espera-se que voltem a Nova York, seu ponto inicial. Manifestações atingiram a maior parte das capitais europeias e outras cidades.
Elas coincidiram com o encontro do G-20 em Paris, onde ministros das finanças e presidentes de bancos centrais das principais economias estavam mantendo conversas sobre a crise.
Os protestos globais foram em parte uma resposta aos pedidos dos manifestantes de Nova York para que mais pessoas se juntassem a eles. Seu exemplo também provocou ocupações semelhantes em outras cidades norte-americanas.
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