A situação do país tem sido apresentada nos últimos anos com um nível de crescimento a favor da população mais pobre, no entanto, a realidade ainda se apresenta muito grave para um país que tem se apresentado em melhores índices de desenvolvimento.Os dados são oficiais porque são do próprio estado, apresentados pelo IBGE, no Site DIARIO DO NORDESTE e traz muita preocupação a quem quer pensar e ver o outro como irmão.
Em todo o País, metade dos meninos e meninas até os quatro anos de idade encontra-se em situação de risco alimentar leve, moderado ou grave.
Os dados são gritantes por trazerem a situação das crianças, o que talvez não se imaginasse mais, convivendo com a falta de alimentos, o que afeta completamente o desenvolvimento das mesmas. Vale salientar aqui a velha e sabia ideia: O teu remédio é a tua comida. Assim teremos crianças doentes por causa da falta de alimentação. Vejamos:
“No nível mais baixo da tabela, há 1,5 milhão de crianças convivendo com a falta de alimentos, número que representa 10,3% da população brasileira nesta faixa etária.”
Como não poderia ser diferente, a distância continua gritante entre Norte e Nordeste, sempre pobres, em contraste com o Sul e Sudeste e Centro Oeste. De fato, o Nordeste continua sendo desassistido de fato. As bolsas, por si só não trarão nenhum desenvolvimento sustentável. A falta de investimento em obras de grande porte e indústrias significativas faz com que o Nordeste seja lembrado pela seca e pelas enchentes, sem que o dinheiro chegue ao destino correto. Alias, onde acontecem catástrofes, os estados recebem as verbas, mas a realidade não muda.
Como os dados são oficiais, não nos deixam mentir. Vejamos as distancias que nos separam a respeito da qualidade de vida:
“Nas regiões Norte e Nordeste do País, a situação é ainda pior, com cerca de 17% das crianças com menos de 5 anos de idade em situação de insegurança alimentar grave, em comparação com os 5,3% no Sul e Sudeste e 5,7% no Centro-Oeste.”
A fome e a pobreza sempre estão também ligadas com a origem da nossa cultura os negros são vitimas em muitos aspectos: são assassinados, são discriminados e são, os que estão entre os 10 milhões que vivem a realidade da fome em nosso país.
O preconceito é visível no universo intelectual e popular. Já imaginamos o numero de piadas em relação ao negro? Os dados do IBGE falam sobre a diferença econômica que existe entre brancos e negros.
“Dos 13,9 milhões de brasileiros que vivem de perto a realidade da fome, mais de 10 milhões são pretos ou pardos (72,4%), uma diferença significativa diante dos 3,8 milhões que se declararam brancos (27,3%) e sofrem com a falta de alimentos.”
A fome no Nordeste no Brasil e no mundo tem um nome: não é a preguiça, como se costuma rotular os pobres, mas a concentração de bens nas mãos de poucos. A grande realidade é esta: há alguém com fome porque alguém come demais. Quem come demais come o que pertence ao outro.
O pão tem uma clara finalidade: ser distribuído. O pão tirado da boca do pobre leva o rico à morte definitiva. A fome não é só uma questão de pão, mas de justiça.
Como eu, você e todos (as) nós nos comportamos diante daquilo que possuímos?